terça-feira, 25 de outubro de 2011

Superheavy

Ok que tudo começou por causa da Joss Stone (Meu amor eterno, esse sim hehe), afinal, foi o site dela que me indicou (Eu fui burra em não ser curiosa com o vídeo que me mandaram cm a silhueta de cada integrante antes de lançarem, não me interessei, nem fui atrás) Daí o sitezinho da Joss me mandou o video pelo orkut... Babei, é óbvio e curti a música! (Quem não sabe que gosto de um bom reggaezinho, ainda mais com toques indianos, ui!) Mas confesso que até então, era somente por causa da Joss, um pouco do Dave tbm, fato, mas quando baixei o cd, eu devo afirmar: QUE COISA MAGNÍFICA! Não tenho muitas palavras. Letras boas, ritmo bom, artistas de peso, esse é o Superheavy, a minha Superheavy... (Sim eu sou ciumenta e possessiva, rá) Enjoy it!
Ooohooo, you're a miracle worker
Ooohooo, you're a surgeon of love (you have a medical condition)
Ooohooo, can't wait to fix me up.
And I promise I'll be back again, if tou work your miracles on me...(8)
Damian Marley, Dave Stewart, Mick Jagger, A.R Rahman e Joss Stone (L)

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O Caminho das Palavras...

‎" (...) Talvez fosse a súbita turbulência do amor que sentiu por ele. Ou será que sempre o tinha amado? Era provável. Impedida como estava de falar, desejou que ele a beijasse. Quis que ele arrastasse sua mão e a puxasse para si. Não importava onde a beijasse. Na boca, no pescoço, na face. Sua pele estava vazia para o beijo, esperando..."
(P. 448 - A Menina Que Roubava Livros)

sábado, 22 de outubro de 2011

Diário Da Morte: Os Parisienses!

"Veio o verão.
Para a menina que roubava livros, tudo corria bem.
Para a mim, o céu era da cor dos judeus.

Quando seus corpos acabavam de vasculhar a porta em busca de frestas, as almas sabiam. Depois de suas unhas arranharem a madeira e, em alguns casos, ficarem cravadas nela, pela pura força do desespero, seus espíritos vinham em minha direção, para meus braços, e as instalações daqueles chuveiros, escalávamos o telhado e subíamos para a largueza segura segura da eternidade. E continuavam a me alimentar. Minuto após minuto. Chuveiro após chuveiro.
Nunca esqueci do primeiro dia em Auschwitz, da primeira vez em Mauthausen. Nesse segundo local, com o correr do tempo, fugas acabavam terrivelmente mal. Haviam corpos quebrados e meigos corações mortos. Ainda assim, era melhor do que o gás. Alguns deles eu acompanhava ainda a meio caminho da descida. Salvei você, pensava comigo mesma, segurando suas almas no ar, enquanto o resto do seu ser - suas carcaças físicas - despencava na terra. Eram todos leves, como cascas de nozes vazias. E um céu esfumaçado nesses lugares. O cheiro fazia lembrar uma fornalha mas ainda muito frio.
Estremeço ao recordar - ao tentar desrealizar aquilo.
Bafejo ar quente nas mãos, para aquecê-las.
Mas é difícil mantê-las aquecidas quando as almas ainda tiritam.
Deus.
Sempre pronuncio esse nome, ao pensar naquilo.
Deus.
Duas vezes, eu repito.
Digo o nome Dele na vã tentativa de compreender. "Mas não é sua função compreender". Essa sou eu respondendo. Deus nunca diz nada. Você acha que é a única pessoa a quem Ele nunca responde? "Sua tarefa é..." E eu paro de me escutar, porque, para dizê-lo curto e grosso, eu canso a mim mesma. Quando começo a pensar desse jeito, fico inteiramente exausta e não me dou o luxo de me entregar à fadiga. Sou obrigada a continuar, porque,  embora isso não se aplique a todas as pessoas da Terra, é verdade para a vasta maioria: a morte não espera por ninguém - e quando espera, em geral não é por muito tempo.

Em 23 de Junho de 1942 havia um grupo de judeus franceses numa prisão alemã, em solo polonês. A primeira pessoa que peguei, estava perto da porta, com a mente em disparada, depois reduzida a passadas, depois mais lenta, mais lenta...

Por favor, acredite quando lhe digo que, naquele dia, peguei cada alma como se fosse um recém-nascido. Cheguei até beijar alguns rostos exaustos, envenenados. Ouvi seus últimos gritos entrecortados. Suas palavras evanescentes. Observei suas visões de amor e os libertei de seu medo.
A todos levei embora, e se houve um momento em que precisei de distração, foi esse. Em completa desolação, olhei para o mundo lá em cima. Vi o céu transformar-se de prata em cinza e em cor de chuva. Até as nuvens tentavam fugir.
Vez por outra, eu imaginava como seria tudo acima daquelas nuvens, sabendo sem sombra de dúvida, ue o Sol era louro e a atmosfera interminável era um gigantesco olho azul.

Eles eram franceses, eram judeus, e eram você."

(P. 305/ 306 - A Menina Que Roubava Livros)

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

A Roubadora de Livros (Ainda...)

(...) - Liesel!
Ela ignorou o chamado.
Venha comer alguma coisa!
Dessa vez, respondeu:
- Estou indo, mamãe.
Na verdade, dirigiu essas palavras a Max, ao chegar mais perto e pôr o livroterminado na mesa de cabeceira, com todo o resto. Ao se debruçar sobre ele, não pôde evitar.
- Anda Max! - Murmurrou, e nem mesmo a chegada da mãe às suas costas impediu-a de chorar baixinho. Não a impediu de tirar um pouco de água salgada do olho e colocá-la no rosto de Max Vandenburg.
A mãe a levou.
Seus braços a engoliram.
- Eu sei - disse Rosa.
Ela sabia... (...)
(P.286)

É a segunda vez que ponho uma passagem sobre Liesel e Max. Mas não me esqueço de Rudy Steiner...Logo ele aparecerá... Talvez seja pq os capítulos que envolvem o homem judeu e a garota alemã, são as que mais me fazem chorar...Talvez pq eu ainda esteja sensivel demais...

Análise do trecho e breve cometário: Liesel anseia para que Max, sobreviva. Apesar do irmão morto praticamente em seus braços, ela ainda não sabe lidar com a morte...E quer saber do mais? Nem eu!

Nota das minhas lágrimas:
-> A primeira vez que postei sobre Liesel: Consultório Médico Cardiologista.
-> A segunda (nesta passagem): Esperando as compras num banquinho de supermercado!

Musica nesse momento em meus ouvidos: Californication - Red Hot Chilli Papers!

Um beijo. Um queijo e até mais ver!

domingo, 16 de outubro de 2011

Mulher...

Hoje não quero a mulher forte, com atitude de leoa, sedutora, aquela que luta, defende, conquista, consola, abriga.
Hoje, eu quero deixar que a mulher sensível, delicada, romântica, frágil seja vista e sentida!
Quero um carinho, um abraço, um colo…
Quero braços que me envolvam, protejam, abriguem.
Quero um corpo onde possa me aconchegar, um ombro para poder chorar, uma mão que acaricie meus cabelos, olhos que vejam as lágrimas cairem no meu rosto quando falo dos meus medos, uma boca que me diga palavras de ânimo e esperança e que me beijem com amor e carinho!
Quero olhos que vejam minha fragilidade, que me admirem por ser delicada
e que não desejem que eu tenha que ser sempre forte!
Quero ser admirada, notada, e quero que me queiram por também ter um lado frágil.
Quero que me admirem por ser mulher na sua essência, não só o lado leoa, mas o lado beija-flor e também flor!
O lado que necessita do outro que também precisa receber!
Quero hoje a fragilidade de ser... MULHER!!!

(Desconhecido)

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A Menina Que Roubava Livros

"No fim de fevereiro, quando Liesel acordou nas primeiras horas da manhã, uma figura entrou em seu quarto. Como era típico de Max, foi o mais próximo possível de uma sombra sem som.
Perscrutando a escuridão, Liesel só pôde sentir vagamente o homem que se aproximava.
- Olá?
Nenuma resposta.

Nada além do quase silêncio de seus pés, quando ele chegou mais perto da cama e pôs as páginas no chão, junto às meias da menina. As páginas estalaram. Só um pouquinho. Uma das bordas recurvou-se no chão.
- Olá?
Dessa vez, houve uma resposta. 
Liesel não sabia dizer exatamente de onde vinham as palavras. O importante foi que chegaram até ela. Chegaram e se ajoelharam junto à cama.
- Um presente de aniversário atrasado. Olhe de manhã. Boa noite.

Por algum tempo ela vagoupara dentro e para fora do sono, já não sabendo ao certo se havia sonhado com a entrada de Max.
De manhã, ao acordar e virar-se na cama, vu as págimas descansando no chão. Estendeu a mão e pegou-as, escutando o papel encrespar-se em suas mãos de manhãzinha.
Toda a minha vida tive medo de homens que me vigiavam...
Ao virá-las, as páginas eram barulhentas, como estática em volta da hisória escrita. 
Três dias dias disseram-me... E o que encontrei ao acordar?
Lá estavam as páginas apagadas de Mein Kampf, amordaçadas, sufocando sob a tinta enquanto eram viradas.
Isso me me fez compreender que o melhor vigiador que conheci...

Liesel leu e examinou todo o presente de Ma Vandenburg três vezes, notando um traço, uma palavra diferente do pincel a cada uma. Terminada a terceira leitura, aiu da cama, da maneira mais slenciosa que pôde, e foi ao quarto de papai e mamãe. O espaço reservado junto a larereira estava vazio.
Pensando bem, ela se deu conta do que seria mesmo apropriado -ou, melhor até, perfeito- que lhe agradecesse onde as páginas tinham sido produzidas.
Desceu as escadas do porão. Viu uma fotografia emoldurada imaginária infiltrar-se na parede - um segredo silenciosamente risonho.

Embora não passasse de alguns metros, foi uma longa caminhada até suas mantas de proteção contra respingose o sortimento de latas de tinta que emolduravam Ma Vandenburg. Ela afastou as mantas mais próximas da parede, até haver um pequeno corredor por onde olhar.
A primeira parte que viu dele foi o ombro, e pela fenda estreira, devagarzinho, dolorosamente, enfiou a mão a apoia-la nele. A roupa estava fria. Max não acordou.
A menina sentiu a respiração e o ombro dele, movendo-se bem de leve, para cima e para baixo. Observou-o por algum tempo. Depois, sentou-se e se reclinou.
O ar sonolento parecia tê-la seguido.
As palavras rabiscadas dos exercícios empunham-se magnificamente na parede ao lado da escada, irregulares, infantis e doces. Ficaram olhando enquanto os dois dormiam, o judeu escondido e a menina, mão no ombro.
Os dois respiravam.
Pulmões alemães e judeus.
Junto a parede ficou O Vigiador, entorpecido e satisfeito, com um belo anseio aos pés de Liesel Meminger."

A Menina Que Roubava Livros (p. 213/214)


Juro que depois falo melhor sobre este magnífico livro em que anseio por um filme, por enquanto, ainda estou entorpecida pela segunda vez com esta passagem...

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

E essa sensação de fé?

Não poderia começar a escrever, sem antes perguntar aos paraenses.... O que é essa sensação que nos dá (para os católicos ou nem tão católicos assim) desde o final de Setembro para o início de Outubro? Acho que é aquela sensação que não se tem palavras para explicar, só mesmo se sentir, de tão maravilhoso que é... Esqueçamos por alguns segundos a parte ruim da história (os assaltos, as mortes e todas as questões violentam que cercam o páis) e nos centremos em uma pequena e forte palavra: FÉ! Meu Deus, me critiquem se quiserem, não estou nem aí, posso não ser a católica mais devota, posso não costumar a frequentar as missas, posso não fazer parte do MOJUVENA (Movimento Juvenil de Nazaré), posso e questiono mesmo muitas coisas religiosas, mas eu tenho a minha fé. Eu acredito acima de tudo em Deus e em Nossa Senhora de Nazaré. Faço pedidos, pago promessas, recebo graças, agradeço e no fundo dessa alma não praticante, existe alguém que hoje está eufórica... Fiquei analisando intimamente o que move a cidade nesse mês tão simbólico. Trabalho bem próximo a Praça Batista Campos e alguém já viu a nova iluminação da Praça? Meu Deus, tudo começou daí... Sabe quando você sai do trabalho, as 18:00hrs e tudo o que quer é ir pra casa descansar? Eu faço isso, mas tenho o prazer de ser contemplada com goticulas de chuva, a brisa da noite chegando e essa iluminação que ficou perfeita...Com os fones nos ouvidos (pela música e para não ficar ouvindo só buzina de ônbus e carros), não da pra ir pra casa sem sorrir, mesmo que meu dia tenha sido uma meleca!
Em seguida, começam o corre-corre dos preparativos do tão esperado "Natal dos Paraenses"... Corre ao supermercado, compra tucupí, vai no Veropa (Ver-o-peso), compra o pato, compra jambú, "menina não esquece a chicória e o alho", compra maniva, põe numa panelona pra ferver durante sete dias, vai e enfrenta filas gigantes de supermercados, enfrenta um transito caótico que lembraria a grande São Paulo, pra não se aborrecer, distrai-se olhando as placas dos carros de fora... Goiás, Tocantins, São Paulo, Rio Grande do Norte....Imagina-se quantas pessoas já chegaram, quantos familiares reunidos, quantos sorrisos em rever rostos de outras cidades (Porquê ô povinho receptivo é o paraense, heim?), quantas emoções, quantas histórias pra contar... (pausa para um suspiro)...Ahhh o Círio, o Círio de Nazaré, minha adorada "Nazica"... Eu não sei muito bem como explicar a ansiedade em que fico ao acordar cedo no sábado, ligar a tv (embora esse ano seja diferente pelo trabalho) ver a tua romaria fluvial, ver a moto romaria (poxa, esse ano não estarei na porta de casa para saudar-te) depois de um almoço reforçado, (no meu caso) um bom descanso para sair cedo, sentar no asfalto quente da Avenida Nazaré (Ou Magalhães Barata - Depende de onde eu vou conseguir pegar a corda esse ano) e conversar...Ouvir historias, promessas, choros, emoções compartilhadas por desconhecidos reunidos para celebrar o mesmo intuito: Uma graça alcançada! Ei, não te esquece de ficar de olho na corda, marca teu lugar... Depois, quando a missa começa, o terço está na mão, a voz é uma só, "Salve Rainha, Mãe de Misericórdia" e eeeii, olha a corda de novo...Começa o empurra empurra, o calor, o aperto, o sufoco, a escuridão da noite chegando, sendo ilumida pelas ruas da cidade e aquela, bem no centro, aquela da Berlinda, com aquela imagem, tão pequena, tão devota, tão sagradada... "Nossa Senhoraaaa, pode esperar, a tua corda vai chegaaar" Ahhh Nazica, tu que vai ali, me vigiando, é a força que me faz não querer desistir e lembrar que eu tenho muito é que te agradecer e pedir perdão, sabe! Vamos lá, unidos...Seguindo em frente...Corda vai, corda vem, tem aquele que desmaia (eu ja desmaiei em um ano) e as vozes não se calam "Ó Virgem Mãe amorosa, fonte de amor e de Fé, dai-nos a benção bondosa, Senhora de Nazaré" seguido de um delicioso "Viva Nossa Senhora de Nazaréééé" dos auto falantes dos guardas do círio e os romeiros respondendo "Vivaaaa"... Até lá, até o fim (SEM FACAS ESSE ANO MEU POVO) no fim, sempre dá pra levar um pedacinho da corda... Então, quando olho pra mim, a blusa esta esticada, a bermuda esta rasgada, os pés estão negros, esfolados, mas o meu sorriso está enorme em meu rosto e dentro do meu coração, existe aquela sensação de paz de "dever cumprido" e o que me resta, e refazer o percurso de volta pra casa, andando, rezando, agradecendo, completa e feliz, tomar aquele banho e dormir... No meu caso, não costumo acompanhar o Círio no domingo, (claro, ja teve trasladação que terminou quase 3 da manhã), mas fico em casa, vendo ela toda enfeitada, esperando os parentes, assistindo minha Nazarézinha da tv e agradecendo mais uma vez, mesmo com toda dor no corpo... A outra sensação maravilhosa é ver a minha família reunida (sempre gostei de almoços em família, Círio fica ainda mais especial) aquela pscina estrategicamente montada no quintal de casa, aquela molecada correndo, aqueles que estão crescendo, os parentes te elogiando (ou não), aquele abraço caloroso, aqueles presentes recebidos, aquelas comidas na mesa e aquele sorriso ou ajuda na porta de casa, oferecendo água aos romeiros que chegam cansados da mesma rotina que enfrentei na noite anterior...E depois? A chegada gloriosa da Maria de Nazaré a Praça Santuario.. Aqueles fogos, aqueles papéis picados, aquelas homenagens.... Não tem muita explicação. Acho que palavra alguma que eu poste em meu blog, será capaz de decifrar o que eu sinto nesse período... A esta ainda continua, como vc pode ver (clicando aqui) nesse roteiro do Círio, mas pra mim, os dias mais emocionantes foram os que eu citei...Nenhuma palavra será suficiente pra eu te fazer entender o quão especial, a minha mangueirosa Belém se torna no mês do Outubro. Eu não conseguiria, por mais que tentasse... Escrevo esse texto, com lágrimas nos olhos, porque acho que só quem já viveu, sabe do que eu estou falando... Para que me l...Um Feliz Círio e logo nos reencontraremos outra vez! E então, VIVA NOSSA SENHORA DE NAZARÉ!!!! VIVAAAA!!! 
Há quase três séculos, uma multidão de católicos preenche cada centímetro das ruas de Belém do Pará na maior procissão religiosa do Brasil e uma das maiores romarias do mundo: o Círio de Nazaré. - Imagens: Ozenildo Vieira(NILDO) / Edição: Guilherme Urner / Roteiro e Narração: Jorge Vidal / Produção: Francisco da Conceição e Rolando Peña Vega - BVA Banco de Vídeo da Amazônia